quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Adolescentes do "Movimento Meninas Ocupam" vivem um dia de superintendentes na SJDHDS




Com o lema “Meninas livres para liderar, aprender, decidir e progredir”, as adolescentes Rafaela Soares, 13, e Ariana Santos, 15, estiveram, na tarde desta quarta-feira (24), na Superintendência de Assistência Social (SAS), da Secretaria de Justiça, Direitos humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), com o objetivo de vivenciar o dia a dia de uma liderança.
Durante a vivência na SAS, acompanhadas pela superintendente Leísa Sousa, as adolescentes conheceram os profissionais que trabalham pela assistência social em todo o Estado, fazendo um tour pelas salas; compreenderam a dinâmica de trabalho para garantir que os serviços socioassistenciais cheguem aos municípios; e dialogaram sobre projeto de vida, preconceitos e desafios de uma liderança feminina.
“Mesmo com tantos avanços sociais, ainda é um desafio muito grande a mulher que ocupa ou que deseja ocupar um espaço de liderança, seja no poder público ou em qualquer empresa privada. Os preconceitos são inúmeros, mas vocês precisa saber se posicionar e dar a resposta da maneira mais ética e eficaz possível: mostrando seu trabalho e buscando excelência em cada detalhe do que faz. Nós podemos e merecemos ocupar quaisquer funções que desejarmos, é o nosso direito  e é também a nossa luta de todos os dias”, endossou Leísa, pactuando ainda um compromisso de ajudar as jovens a disseminar nas escolas a importância da Assistência Social na sociedade.
As jovens fazem parte do movimento social #MeninasOcupam, uma iniciativa da Plan Intenacional, Organização não-governamental que defende os direitos das crianças, adolescentes e jovens, com foco na promoção da igualdade de gênero, que engaja pessoas e parceiros na causa social. “Trata-se de um movimento que realiza ocupações em espaços de tomada de decisão em empresas, organizações e instituições governamentais. Uma ou mais meninas ocupam o lugar de uma liderança desse espaço por um dia para chamar atenção para a necessidade de desenvolver o potencial dessas jovens, bem como de levar as demandas dela e de sua comunidade para serem discutidas nesse espaço”, esclareceu Sarah Mabell Rios, assistente pedagógica do projeto que acompanhava as jovens. 
 “É uma oportunidade muito boa para mostrar o compromisso das empresas, instituições e governos em apoiar a igualdade para nós  meninas, possibilitando que nossas vozes sejam escutadas, nos incentivando a conquistar espaços justos e igualitários na sociedade”, afirmou a jovem Rafaela Soares que é uma das mobilizadoras do movimento no bairro onde mora: Garcia.
O #MeninasOcupam faz alusão ao Dia Internacional da Menina, celebrado em 11 de outubro, reconhecido em Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) no ano de 2011.  A data objetiva evidenciar as situações de violência e discriminação vividas pelas meninas ao redor do mundo. Deste então, no mês de outubro, a Plan e o #MeninasOcupam realizam ações e campanhas que engajem a sociedade e poder público em relação aos direitos das meninas, o que envolve campanhas midiáticas (TV, rádio, Internet, etc.), passeatas, atos, seminários, dentre outras ações.

Pedagogia da ação

O movimento #MeninasOcupam funciona dentro de escolas municipais e estaduais. As jovens que vivenciaram a prática de hoje são do bairro do Garcia, da Escola Municipal Hildete Lomanto e integram um grupo de 23 jovens, entre meninas e meninos, que contam com apoio e suporte da Plan e da escola. São orientados em oficinas pedagógicas sobre diversas temáticas a respeito das violações de diretos desse público.
“A didática é através do diálogo, de construção de currículo onde eles também indicam temas para trabalhar. Após o processo pedagógico de construção do conhecimento, os jovens vão se tornando mobilizadores e dão continuidade as oficinas com os grupos da escola, a partir daí, é adolescente capacitando adolescente. Momento de impulsionar o protagonismo feminino nos espaços dos saberes”, disse Valdiane Santos, educadora social do movimento. 
ASCOM/SJDHDS

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