SJDHDS aborda Política de Assistência Social em capacitação para comunidades terapêuticas
Dando continuidade às capacitações das comunidades terapêuticas integrantes do Sistema Bahia Viva, que atuam na reabilitação psicossocial de pessoas que têm problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas, aconteceu nesta quarta-feira (31), o quarto encontro da formação, com o tema: Articulação entre a Política de Assistência Social e a Política sobre Drogas para ampliar a proteção a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social.
As capacitações são iniciativa da Superintendência de Política sobre Drogas e Acolhimento a Grupos Vulneráveis (SUPRAD/SJDHDS). Ao todo, estão previstos 16 encontros mensais, totalizando 128h de cursos, para, em média, 60 participantes oriundos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPs), gestores e técnicos. De acordo com a diretora de Prevenção e Redução de Danos da SJDHDS, Emanuelle Santos, uma das estratégias da Política sobre Drogas na Bahia é possibilitar a garantia de direitos não somente na perspectiva da prevenção, mas do tratamento das pessoas que têm problemas com uso de drogas, “Por isso, a gente faz um processo formativo com as Comunidades, para que elas passem a entender os problemas desses sujeitos não só na perspectiva sanitarista, mas biopsicossocial. Daí surgem as várias demandas, que também envolvem a Assistência Social", destaca ela.
No encontro, a assessora da Superintendência de Assistência Social (SAS) da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), Thaise Viana, apresentou atualizações técnicas e teóricas sobre eixos estruturantes da Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), para que os profissionais que atuam nas comunidades terapêuticas compreendam como deve ser a articulação entre o SUAS e as demais Políticas.
De acordo com Viana, “A Política Pública de Assistência Social tem demandas e ofertas específicas, se organiza por serviços e programas, que podem ser de Proteção Social Básica ou Especial, que devem ser executadas para responder a duas das principais questões que os sujeitos em situação de vulnerabilidade apresentam: a pessoa que tem acesso nulo ou precário à renda e que precisa de suporte do poder público; o outro campo está no processo de oferta de acompanhamento para apoiar as famílias a desenvolver o seu papel protetivo”.
Ainda de acordo com a assessora, a política sobre drogas é um tema transversal, e na maioria das vezes o uso de substância aparece na vida da pessoa pela quebra de vínculo familiar, isolamento ou falta de convivência com a comunidade. “Por isso, é necessário entender como funciona, encaminha, e provoca as demais políticas para ampliar a proteção social às famílias", destaca ela.
O assistente social da Comunidade Terapêutica Vida e Esperança (COTEFAVE), de Vitória da Conquista, Eloy Santos, destaca que as informações serão muito úteis para sua atuação profissional. “A abordagem nos faz entender que é necessário trabalhar em rede, compreender as competências de cada instituição, pois muitas vezes acabamos querendo resolver todas as demandas que nos chegam, pois cada sujeito tem sua particularidade e não existe apenas uma Política que dê conta de todas essas necessidades”, pontuou ele.
ASCOM/SJDHDS
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